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Quando até os momentos de descanso geram culpa: a armadilha do pensamento ansioso

  • Foto do escritor: Márcia  Fialho Fiuza Lopes
    Márcia Fialho Fiuza Lopes
  • 16 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de nov.

Mulher branca contemplando
mulher branca contemplando

Você finalmente se senta no sofá depois de um dia cheio. Ou se deita na cama com tudo resolvido. Mas em vez de sentir alívio… vem a culpa. Uma sensação incômoda de que talvez você devesse estar fazendo mais. Que descansar é perda de tempo. Que parar é quase um erro.

 

Se isso acontece com frequência, é hora de prestar atenção. Pode ser que você esteja vivendo sob a influência do pensamento ansioso um padrão mental que não permite pausas verdadeiras, mesmo quando o corpo implora por descanso.

 

O que é o pensamento ansioso?

O pensamento ansioso é marcado pela aceleração mental, pela antecipação de problemas e pela dificuldade de estar no presente. Ele gera uma sensação constante de urgência, como se algo estivesse sempre prestes a dar errado, ou como se você estivesse sempre em dívida com algo ou alguém.

 

Esse tipo de pensamento é típico de quem vive em estado de hipervigilância emocional, ou seja, com a mente sempre “ligada” tentando prever, evitar ou controlar tudo até o imprevisível.

 

Por que a culpa aparece quando tentamos descansar?


A culpa, nesses casos, nasce de crenças internas como:

·         Se estou descansando, sou improdutiva.

 

·         Só mereço parar depois que tudo estiver feito (e nunca está tudo feito).

 

·         As outras pessoas dão conta, por que eu não?

 

·         Se eu parar, tudo pode desmoronar.

 

Essas ideias muitas vezes vêm de uma história de vida marcada por exigência, perfeccionismo, comparação e a necessidade de provar valor por meio da ação constante. São padrões que se instalam de forma silenciosa e se repetem até parecerem normais.

 

Mas não são.


 

A armadilha: estar exausta, mas incapaz de desligar

Mulher trabalhando na mesa
Mulher trabalhando na mesa

Essa é uma das características da ansiedade funcional: mulheres que seguem entregando, cuidando, resolvendo mesmo quando o corpo e a mente já não aguentam mais.

 

Elas não parecem “doentes”, mas vivem num ciclo de exaustão silenciosa. Quando tentam descansar, sentem culpa. Quando continuam, sentem cansaço. E assim seguem, vivendo no automático, sem espaço para sentir prazer, leveza ou presença real.

 

E o pior: como “ainda estão dando conta”, não se permitem pedir ajuda.

 

Você tem o direito de descansar sem culpa?

Descanso não é um luxo. É uma necessidade biológica, emocional e mental. A mente ansiosa pode tentar te convencer do contrário, mas o seu corpo sabe. E se você não ouve os sinais sutis, ele vai aumentar o volume: insônia, dores musculares, crises de ansiedade, falta de concentração, lapsos de memória, tristeza sem motivo.

 

Descansar é um ato de coragem para quem aprendeu a se definir pela produtividade.

 

Quer aprender a descansar de verdade? Comece se ouvindo com carinho

A terapia é o espaço onde você pode, pela primeira vez em muito tempo, parar não para “dar conta de mais uma coisa”, mas para entender o que está por trás da sua urgência. Para desfazer, com acolhimento e consciência, os nós que a ansiedade criou.

 

Você não precisa viver em estado de alerta o tempo todo. Nem provar seu valor pelo quanto faz. Você pode aprender a descansar com leveza, com presença, com paz.

 

Se até o descanso virou motivo de culpa, talvez sua mente esteja pedindo socorro. Vamos conversar? Cuidar da sua saúde emocional é o primeiro passo para viver com mais verdade

e menos peso.


 
 
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