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Como a depressão pode se esconder atrás da exaustão emocional pós-divórcio

  • Foto do escritor: Márcia  Fialho Fiuza Lopes
    Márcia Fialho Fiuza Lopes
  • 20 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de nov.

Casal em terapia
Casal distanciado

Você já sentiu como se estivesse carregando um peso invisível desde que tudo mudou? Como se acordar todos os dias fosse um esforço imenso, mesmo quando parece que, “na teoria”, está tudo sob controle? Se você passou por um divórcio e agora vive dias marcados por cansaço persistente, insônia, irritabilidade ou uma sensação de vazio difícil de explicar... talvez seja hora de olhar com mais carinho para isso.

Muitas mulheres que enfrentam a separação mergulham em um turbilhão de emoções e responsabilidades. E, no meio desse processo de reconstrução, a depressão pode se esconder silenciosa, mas presente atrás de uma exaustão que parece apenas parte da fase.


O fim de um relacionamento, o começo de um luto emocional

Casal separado com filho
Casal com criança

O divórcio não é apenas uma mudança no estado civil. Ele carrega consigo o luto por tudo o que foi vivido, pelas expectativas não cumpridas, pela rotina que se desfaz, pela nova identidade que precisa ser construída. Mesmo que a decisão tenha sido a melhor, ou até mesmo um alívio, ainda assim há perdas envolvidas.


E o corpo sente.


É comum que, nesse período, surjam sintomas como:

·         Cansaço intenso, mesmo após o descanso;

 

·         Falta de motivação para atividades que antes eram prazerosas;

 

·         Sensação de estar apenas funcionando no automático;

 

·         Dificuldade de concentração ou memória;

 

·         Dores físicas recorrentes sem explicação médica clara.

 

Esses sinais são frequentemente atribuídos ao estresse ou ao acúmulo de tarefas o que, de fato, faz parte do processo. Mas também podem ser um pedido de ajuda mais profundo: o início de um quadro depressivo.


Por que a depressão se camufla nesse momento?

Mulheres em fase de pós-divórcio muitas vezes sentem que precisam dar conta. Seja para cuidar dos filhos, manter a carreira ou simplesmente provar para si mesmas que conseguirão recomeçar. Nessa lógica, não há espaço para fraqueza. E o sofrimento emocional é empurrado para debaixo do tapete, disfarçado de força.

 

Além disso, a sociedade ainda valoriza uma imagem de superação rápida, como se a dor precisasse ter prazo de validade. Isso pode levar muitas mulheres a silenciar suas emoções por medo de parecerem frágeis, fracas ou dramáticas.

 

Mas sentir não é sinal de fraqueza. É sinal de humanidade.


A diferença entre cansaço e exaustão emocional

Todo mundo se cansa. Mas a exaustão emocional é algo mais profundo. Ela não passa com um final de semana de descanso ou com algumas horas a mais de sono. Ela corrói aos poucos a energia vital, a vontade de viver com presença, a capacidade de sonhar.

 

E é aí que a depressão pode entrar. Quase como uma neblina que vai se instalando devagar, até que a pessoa não consegue mais enxergar com clareza quem era, o que quer, para onde vai.

 

Existe caminho de volta e ele começa com acolhimento


Se você se identifica com essas sensações, saiba que não está sozinha. O sofrimento emocional após o divórcio é legítimo, e buscar ajuda não é um sinal de derrota, mas de coragem. A terapia pode ser um espaço seguro para entender seus sentimentos, elaborar as perdas e encontrar novas formas de se reconectar com sua essência.

 

Não é sobre superar rápido. É sobre atravessar com respeito. Cuidar da sua saúde mental é um ato de amor por você, pela sua história, pelo futuro que ainda está por vir.



Você merece sentir leveza de novo. Rir sem culpa. Dormir bem. Se olhar no espelho e se reconhecer. Encontrar sentido, mesmo depois de tudo que mudou. E esse caminho começa quando você permite que alguém caminhe com você.

 

Você não precisa passar por isso sozinha.

Entre em contato.


 
 
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